quinta-feira, 1 de março de 2012

Compartilhando Conhecimento


Contribuição alunos do curso TÉCNICO em SEGURANÇA do TRABALHO, turma 27, do Senac Itaquera com a orientação da professora Deise Lobato.

A partir de agora, o Senac Itaquera compartilhará algumas ações educacionais com a Rede Social Ampliar. Nessa edição apresentamos a primeira matéria: "Ruído". Tenham todos uma boa leitura!


Ruído

O nosso sistema auditivo está dividido em três partes principais:

Orelha externa: composta pelo pavilhão da orelha, que é uma fina cartilagem elástica recoberta de pele;
Orelha média: onde se localiza a bigorna, estribo e, martelo, que transmitem as vibrações e
Orelha interna: é composta por um conjunto de cavidades. Uma delas é a cóclea, parecida com um caracol, repleta de células ciliares externas e internas; onde ocorre a perda auditiva.

O ruído é um sinal acústico aperiódico, originado da superposição de vários movimentos de vibração com diferentes freqüências que não apresentam relação entre si (FELDMAN; GRIMES, 1985).

Quando o som não é desejado ou incômodo, ou possui uma combinação não harmoniosa, dizemos que o mesmo se transformou em RUÍDO ou barulho. Uma das principais características do ruído é a mistura de sons, cujas freqüências não seguem uma regra precisa.

A exposição em excesso ao ruído pode acarretar outros problemas de saúde ou piorá-los, além de impactos na qualidade de vida do indivíduo exposto. Por exemplo, aumento da pressão sanguínea, provocar ansiedade, perturbar a comunicação, provocar irritação, fadiga, diminuir o rendimento do trabalho, etc.

A perda auditiva induzida pelo ruído é indolor, gradual e seus sinais são quase imperceptíveis (zumbidos no ouvido durante ou após a exposição a níveis altos de ruído, dificuldade de manter uma conversação normal, sensação dos sons estarem abafados).

Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna perde a capacidade de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos e, conseqüentemente, é o fim da audição. Infelizmente, não se conhece ainda a cura para células ciliadas destruídas.

O controle do ruído é uma ação que, em última análise, visa diminuir a exposição dos indivíduos ao ruído, ou seja, reduzir a dose de exposição diária. Como o controle do ruído pode se dar em três níveis – fonte, trajetória e indivíduo, a dose estaria mais vinculada ao último caso. É importante observar que existe uma hierarquia e que a forma ideal de diminuir os riscos de perda da capacidade auditiva dos trabalhadores é através do Controle por Engenharia.

No Brasil, a surdez é a segunda maior causa de doença profissional, sendo que o ruído afeta o homem, simultaneamente, nos planos físico, psicológico e social. Pode, com efeito: lesar os órgãos auditivos; perturbar a comunicação; provocar irritação; ser fonte de fadiga e diminuir o rendimento do trabalho.